LEDterapia pode ser “luz” no fim do túnel para Alzheimer, Parkinson e AVC
O Parkinson, demência e derrame são as doenças neurológicas mais comuns na população idosa, e também algumas das mais temidas.
De acordo com um estudo publicado no periódico científico Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, quase metade (48,2%) das mulheres acima dos 45 anos vai desenvolver demência, Parkinson ou sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
O alerta também serve para a população masculina: 36,2% dos homens na mesma faixa tendem a ser diagnosticados com alguma das três doenças.
Contudo, uma técnica apelidada de LEDterapia pode ser – quase que literalmente (por ser a base de luz) – a luz no fim do túnel para essa fase da vida. O processo, chamado tecnicamente de fotobiomodulação, é baseado na aplicação de luz a um sistema biológico, sendo capaz de induzir um processo fotoquímico que pode aumentar o metabolismo celular e produzir efeitos como a regeneração de tecidos e cicatrização de feridas. O método já é muito utilizado para tratar a queda ou melhorar a qualidade dos fios de cabelo.
Segundo o angiologista Dr. Álvaro Pereira, com o envelhecimento, as células trabalham mais lentamente, algumas literalmente “morrem” e o tecido cerebral, com seus emaranhados de neurônios que se comunicam entre si, começa a perder a conexão, gerando problemas de aprendizado, percepção, atenção, memória, imaginação e raciocínio.
“A fotobiomodulação pode vir a ajudar muito as pessoas no envelhecimento. Com a ampliação da expectativa de vida houve um aumento significativo no número de pessoas com declínios das funções básicas cérebro como demências senis, Alzheimer, Parkinson, ou mera diminuição da cognição. Pode ser utilizada não só para lesões físicas, mas comportamentais. Melhora a circulação e as atividades das células cerebrais dos neurônios”, explica o médico, um dos maiores especialistas do Brasil no método.
A LEDterapia vem sendo estudada para diminuir o déficit cognitivo dos idosos, para atenuar depressões, distúrbios bipolares, transtornos de personalidade e melhorar habilidades motoras finas. Entre os distúrbios avaliados pelos pesquisadores estão a demências senis (ou senil), Alzheimer, Parkinson, ou mera diminuição da cognição. Os estudos já demonstram resultados promissores na atenção, no aprendizado, na memória, no humor, no sono, e na recuperação das sequelas do AVC.
Atualmente, existem alguns capacetes que emitem a radiação específica para estimular o tecido cerebral. Segundo o Dr. Pereira, estes artefatos estão sendo testados nos Estados Unidos em esportes que frequentemente causam lesões cerebrais como o futebol americano e o boxe.
“Para o tratamento dos idosos, estes capacetes objetivam melhorar a atenção, o aprendizado, a memória, o humor, o sono, a recuperação das sequelas do AVC, diminui o déficit cognitivo dos idosos, além de atenuar depressões, distúrbios bipolares, transtornos de personalidade e habilidades motoras finas. Atualmente é usado em clínicas especializadas, mas no futuro poderá ser usado em casa, com controle remoto pelo médico que acompanha”, concluiu.
Envelhecimento populacional no Brasil
Vale lembrar que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, o Brasil contava com 28 milhões de pessoas acima de 60 anos – idade que se considera uma pessoa idosa no país -, o que representa 13% da população brasileira. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2050, esse número chegue a triplicar.
Os números fazem um alerta para o nosso sistema de saúde, que pode não suportar a quantidade de doenças decorrentes do envelhecimento. Uma outra recente pesquisa associou a diabetes ao declínio cognitivo acelerado, neste caso, especialmente em homens com mais de 50 anos. Veja os detalhes aqui!
Fonte: Olhar Digital