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Qual será o futuro do e-commerce a partir de 2022

Varejo se reestrutura após período de intensa digitalização e especialistas consideram cenário otimista para seu futuro

Imagem de Preis_King por Pixabay

Após a intensificação da digitalização, acarretada pela pandemia, o e-commerce se transformou nos últimos dois anos. E continua em plena evolução, em rápida velocidade. Mas qual será o futuro do comércio online neste momento em que a normalidade da vida pós-covid ganha força?

Nick Tuzenko, co-fundador da Accel Club, Dirk Hoerig, CEO da commercetools, participaram nesta sexta-feira, 04, do painel The future of eCommerce beyound 2022, no Web Summit, e debateram a trajetória do setor, assim como as expectativas do que se esperar dele para o futuro.

A pandemia como ponto de partida

O mundo não é o mesmo desde 2020. A pandemia do novo coronavírus transformou a vida do seu formato conhecido. O que não foi diferente para o e-commerce. Para Tuzenko, uma das grandes alterações ocasionadas pelo período foi a forma com que os consumidores podem alcançar e se comunicar com as marcas.

“Vimos algumas mudanças em como as marcas passaram a trabalhar, e principalmente na forma como os consumidores alcançam as marcas. Com as plataformas, agora as marcas são globais, o que permite que haja cada vez mais interações”, avalia o co-fundador da Accel Club.

Da mesma forma, Dirk acredita que uma das grandes mudanças pode ser observado no comportamento do consumidor. Para o executivo, à medida que a penetração do e-commerce aumenta, o consumidor fica cada vez mais exigente. “As exigências dos consumidores mudaram significativamente”.

Da digitalização em diante

Outro aspecto importante a ser analisado foi como a aceleração do processo de digitalização, em todas as áreas, mas no e-commerce em especial, significou um ponto de inflexão.

Para Nick, um dos pontos é a experiência do cliente. “A covid-19 ajudou o e-commerce a trazer mais experiências para o cliente no online”. E em grande escala, vale dizer. A penetração do e-commerce aumentou significativamente. E aqui temos um dado interessante. Há cinco anos, 10% das vendas do varejo eram oriundas do comércio eletrônico. Para este ano, a expectativa é de que a porcentagem seja de 20,4%.

É importante entender, no entanto, que o futuro não subentende um esforço unilateral para o digital. Muito pelo contrário, as empresas têm de buscar a omnicanalidade. “As marcas querem estar em todos os lugares. Tanto no físico, como no online. Temos de ser omnichannel”.

E mais importante que isso, afirma Dirk, é a unificação da informação. “Não é questão de escolher estar no online ou no offline. É questão de entender que ambos ambientes precisam estar conectados, com uma experiência unificada. E cada espaço tem o seu desafio. Para o físico, por exemplo, eu ressaltaria a necessidade de corrigir os erros de serviços. Já para o online, precisamos buscar a transparência de valor e as questões de logística e entrega”.

Os dados são os grandes aliados

E como as marcas podem trocar com os consumidores cada vez mais exigentes e menos leais? A mudança de comportamento não parece assustar os executivos. E a solução para a questão está em: dados.

Com a maior penetração do e-commerce e a intensificação da digitalização, o comércio eletrônico pode contar também com um aumento do número de informações e dados dos seus consumidores. “O consumidor está mais exigente, isso é inegável. Mas também nós estamos mais empoderados”, afirma Nick.

O futuro para o setor

Quando o assunto é o futuro do setor, as expectativas são otimistas. Mas isso não vem sem os seus desafios. Tuzenko acredita para uma melhora na logística e distribuição. “Vamos ter que assegurar que o produto vai ser entregue no menor tempo possível e em segurança. E, para isso, vamos precisar diversificar cada vez mais os fornecedores”.

Hoerig, por outro lado, aposta em dois grandes movimentos. A curto prazo, as marcas devem focar na hiperpersonalização. “Já conseguimos ver isso no streaming, por exemplo. Temos cada vez mais uma entrega de experiência única”.

á para longo prazo, Dirk espera mudanças relacionadas à evolução do metaverso e realidade aumentada. “Se pensarmos no lançamento do iPhone, há alguns anos, e como isso teve um enorme impacto para nós, imagino que nós devamos passar por uma revolução parecida. Em 10 anos estaremos rodeados por dispositivos que vão transformar o e-commerce”.

 

Fonte: Consumidor Moderno

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